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Rishikesh – A Cidade dos Mestres
Rishikesh é uma cidade mágica, onde “a paz fez morada e não quis se mudar”. E de fato é essa a sensação que temos ao estar ali, vivendo uma experiência única .
Nessa cidade sagrada, chamada muito apropriadamente “A Cidade dos Mestres”, temos tempo para refletir, para meditar, para nos banhar nas águas cristalinas do Rio Ganges, que tem a sua nascente nos Himalayas, pertinho.
Temos tempo para conversar com as pessoas e ouvi-las, tempo para participar dos rituais ao entardecer( Aarti), às margens do rio sagrado . Temos tempo para tudo , pois ali, o tempo deixa de ser passado ou futuro , o tempo se torna o “agora”.
Rishikesh é assim, está além do tempo, sempre a favor dos que de fato sabem “olhar” e “sentir”.
A cidade está localizada no sopé dos Himalayas, norte da Índia, sendo também conhecida como a “capital mundial do Yoga”. Historicamente, Rishikesh, teria sido uma parte da lendária “Kedarkhand , um estado principesco, no local onde hoje se localiza o estado de Uttarakhand(Garhwal) fundado por Ajay pal (1358 -1370) .
Muitas lendas cercam sua história. Uma delas diz que o Senhor Rama fez penitência aqui para matar Ravana , o rei demônio de Lanka e Lakshmana. Ele e seu irmão mais novo cruzaram o rio Ganges , em um ponto onde tinha uma corda de juta , ” Lakshman Jhula .
A ponte de corda de juta foi substituída por ferro-corda ponte pênsil em 1889. Depois de ter sido destruída nas inundações de 1924, foi substituída por uma ponte pênsil mais forte , uma atração a parte nessa cidade que recebe peregrinos e turistas de todo o mundo.
A cidade é um destino ideal para as pessoas que estão interessadas em meditação, yoga e outros aspectos do hinduísmo.
Para os aventureiros, Rishikesh é o local ideal para iniciar suas expedições de trekking aos picos dos Himalayas e rafting.
Em Rishikesh é realizada anualmente, no mes de fevereiro, a Semana Internacional de Yoga, que também atrai participantes de todo o mundo.
É um evento importante no calendário da cidade que se prepara com cuidados redobrados para receber os devotos e praticantes da Yoga.
O sagrado rio Ganges flui através de Rishikesh. Na verdade, é ali que o rio deixa a sua nascente, nas montanhas dos Himalayas e corre para as planícies do norte da Índia.
Em Rishikesh, a água do rio límpida e transparente , estimula a maioria dos visitantes a seguir os costumes indianos, de se banhar nas suas água em rituais de purificação , ou simplesmente se refrescar e usufruir da magia e da beleza desse local.
Segundo o hinduísmo, o rio Ganges está personificado na forma de uma deusa: Maa Ganga (mãe Ganges) ou Ganga Deví (deusa Ganga). Diz a lenda, que esta deusa era a madrastra de Kárttikeia (o deus da guerra, e filho de Shivá e Párvati).
Vários templos , antigos e novos e uma infinidade de Ashram ( palavra sânscrita – “aashraya” que significa proteção, comunidade para promover a evolução espiritual , orientada por um mestre), podem ser encontrados ao longo das margens do Ganges em Rishikesh.
Na cidade se concentra também, um numero enorme de “sadhus” (homens santos) .
Todos os dias ao entardecer, às margens do Ganga, acontece uma cerimônia muito especial – o Ganga Arati Triveni (Aarti), que é muito popular entre os visitantes.
Cantos, musica, mantras e o ritual do fogo, culminando com a oferenda do fogo sagrado, em “barquinhos” com velas acessas que são colocadas no rio em honra a deusa Ganga e assim o sol pode retornar no outro dia.
Em Rishikesh, encontra-se o Kailas Brahmavidyapeetham Ashram, uma instituição dedicada a preservar e promover o tradicional Estudos Vedantas onde estudaram personalidades proeminentes, tais como Swami Vivekananda , Swami Rama Tirtha e Swami Sivananda.
Foi em Rishikesh, que nos idos anos de 1068, os Beatles visitaram o agora fechado Ashram de Maharishi Mahesh Yogi s “em Rishikesh, onde John Lennon gravou uma música intitulada “A Rishikesh Happy Song”.
Os Beatles fizeram cerca de 48 músicas durante seu tempo no ashram do Maharishi, muitas dos quais , aparecem no Álbum Branco. Vários outros famosos artistas, visitaram o local para contemplar e meditar.
É um lugar especial onde a Paz é a personagem principal e os visitantes, peregrinos, devotos, são coadjuvantes que ali estão para aprender a ser as “estrelas” de suas próprias vidas.