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O FASCINIO DA INDIA E NEPAL – MARÇO DE 2015
O FASCINIO DA INDIA E NEPAL
MARÇO 2015 – Período: de 5 a 27 de março
Agende a apresentação desta viagem para o dia e horário de sua preferencia.
Todas as perguntas e dúvidas serão esclarevidas individualmente. Caso tenha interesse em agendar este encontro e saber mais sobre a viagem envie um email para mhavena@terra.com.br
Seja bem vindo.
VIDEO DE DIVULGAÇÃO – https://www.youtube.com/watch?v=depF82nx8Ko&feature=youtu.be
Operadora na INDIA – KAPIL TOURS &TRAVEL
http://www.goldentriangle-india.com/
Agencia no Brasil – BELLA TERRA TURISMO –
lívia@bellaterratursimo.com.br
http://www.bellaterraturismo.com.br
Coordenação: Maria Helena Avena – kapiltours@terra.com.br
PROGRAMA INDIA
Uma das civilizações mais antigas do nosso planeta, a Índia é um país de contrastes. Dos suntuosos palácios e monumentos do Antigo Império aos seus diferentes tipos de santuários ecológicos, a Índia fascina o mundo com seu jeito único de ser essencialmente exótica ,misteriosa e bela.
A diversidade de línguas, hábitos e modo de vida não impedem que haja uma grande unidade na cultura do país.
Ao mesmo tempo em que cada estado tem seu próprio modo de expressão, como na arte, música, linguagem ou culinária, o indiano é profundamente arraigado ao sentimento de amor à sua nação e tem orgulho de sua civilização ancestral, o que mantém viva até hoje sua arte, cultura de tradições.
Moeda – Rúpia Indiana( 1 dólar +- 45 rúpias)
TEMPLO FLOR DE LÓTUS – DELHI
05 DE MARÇO – SAIDA DO RIO DE JANEIRO, EM VOO DA BRITSH AIRWAY ás 22:55h, com escala em Londres, no Aeroporto de Heathrow
07 DE MARÇO – Chegada ás .09:10h no Aeroporto Internacional Indira Gandhi, em Nova Delhi. Após passar pela Alfândega & Imigração, o representante da Empresa estará recepcionando o grupo da forma tradicional da Índia.
Após recepção traslado para o Hotel Le Meridien e Check in.
Resto do dia livre para descanso e adaptação ao fuso horário da Índia, cerca de 8h e meia de diferença ( a mais) do Brasil. – Jantar e noite no Hotel
08 DE MARÇO : DELHI
Após o café seguimos para visitar a histórica Old Delhi : Raj Ghat, o memorial de Mahatma Gandhi e , a Mesquita Jama Masjid, construída em 1648 uma das maiores mesquitas da Índia.
Mais tarde, visita a Nova Deli: Índia Gate – No centro de Nova Deli se ergue imponente a a 42 m de altura a famosa Porta da Índia , como arco no meio de uma .Depois vamos visitar o Qutub Minar, o mais famoso e alto “minarete” da Índia, com 72 metros de altura com mais de oito séculos.
Resto do dia Livre para atividades particulares
– A noite coquetel e jantar de boas vindas na casa do diretor da empresa em Nova Delhi, uma oportunidade do grupo conhecer mais de perto os hábitos e costumes do pais.
Pernoite no Hotel.
HAWA MAHAL – Palacio dos Ventos – JAIPUR
09 DE MARÇO – DELHI – Após o Café da Manhã sairemos para visitar o “ Aksharhdam Temple” , um lugar impressionante que mostra a magnitude da antiga arquitetura da Índia e uma amostra dos dez mil anos da cultura Indiana. Almoço – Resto do dia livre
10 DE MARÇO: DELHI – Após o café da manhã visitaremos o belíssimo Lótus Temple, que tem esse nome pela sua forma de uma flor de Lótus, símbolo da Índia.
Depois do almoço iremos conhecer e fazer compras em “ Connaught Place” , onde está localizado o popular mercado Palika Bazaar. Encontra-se de tudo e a preços bem baratos.
11 DE MARÇO- DELHI / JAIPUR – carro ( aproxim. 275 Kms )
Chegada no Hotel em Jaipur, Check In. resto do Dia Livre para descanso e outras atividades independentes.
Programa Opcional – Show de Marionete (Puppets) a noite
Aksharhdam Temple
12 DE MARÇO : JAIPUR
Após o café da manhã ,bem cedo, visitaremos o Forte Amer, um típico Palácio/Forte , uma mistura da arquitetura hindu e muçulmana. O percurso até o Forte é uma experiência inesquecível, pois vamos fazer a longa subida “montados” em elefantes.
Após almoço, vamos visitar o Observatório Astronômico “ Jantar Mantar”, e o Hawa Mahal, ou Palácio dos Ventos , um dos mais fascinantes monumentos da Índia e o principal cartão postal da cidade, cuja fachada , composta de 933 pequenas janelas, serviam para as mulheres do harém do marajá pudessem observar as ruas sem que ninguém as visse. Hoje é apenas uma das “fachada” do City Palace.
Noite – Visita ao “Chokhi Dhani “ ( Uma vila Étnica), tipo Resort)
Chokhi Dhani Village apresenta um tema diferente para cada dia, uma celebração que mostra a cultura Rajashthani , diversão, entretenimento, jogos, compras, culinária, dança folclórica, música e muito mais Jantar e Show, incluídos no pacote – Pernoite no Hotel
13 DE MARÇO : JAIPUR / FATEHPUR SIKRI / AGRA DRIVE (240 Kms aprox)
Após café da manhã, saímos em direção a Agra para conhecer o magnífico Taj Mahal. No trajeto, vamos visitar Fatehpur Sikri , construída pelo Imperador Akbar em 1569 para ser a capital do seu império e abandonada após 15 anos devido à escassez de água.
Chegada a Agra e check In no Hotel. – Pernoite no Hotel.
Mesquita Old Delhi
14 DE MARÇO : AGRA
Após o café da manhã , vamos visitar o famoso “Taj Mahal”, o “ Monumento do Amor” imortalizado em mármore. branco, pelo imperador Mughal Shah Jahan como mausoléu para sua amada rainha Mumtaz Mahal, após sua morte, em 1631. O TAJ é Patrimônio Mundial da UNESCO e considerado uma dos sete maravilhas do mundo.Visitaremos também o magnífico Forte de Agra (Red Fort) que se tornou famoso porque ali ficou preso até sua morte, a mando do filho, o Imperador Shah Jahan que construiu o Taj Mahal.
A noite – Show especial “MOHABBAT e o THE TAJ SHOW”
O ‘Mohabbat-the-Taj “, é um espetáculo retratando a saga do amor. O verdadeiro e imortal amor do Imperador Shajahan pela Imperatriz Mumtaz Mahal-sua bela esposa. – Pernoite no Hotel
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15 DE MARÇO : AGRA/ DELHI (aprox.220 Kms ) + VÔO para COCHIN
Após café da manhã saímos em direção Delhi para tomar o vôo para Cochin, que parte às 14:05 Hs e chega Cochin em 18:30 hrs. Chegada e traslado ao Hotel .
Pernoite no hotel em Cochin
16 DE MARÇO : COCHIN – SUL DA INDIA
Após o café da manhã no hotel vamos visitar o Palácio holandês do século 16, a Sinagoga mais antiga da época da colonização britânica e conhecer as redes de pesca típicas na região..
À noite vamos apreciar o tradicional show de dança Kathakali , dança tradicional da região
( Programa Opcional) – Jantar e pernoite no Hotel.
ALLEPPEY
KOCHI ou COCHIM – é a maior cidade do estado de Kerala, na Índia e um dos principais portos na costa ocidental do país. Tem cerca de 600 000 habitantes, e a sua área metropolitana, mais de 1 500 000 habitantes, tornando-a a maior área urbana do Estado de Kerala
Permaneceu como capital da Índia Portuguesa até 1530, quando os portugueses elegeram Goa como capital. A cidade mantém, hoje, uma herança colonial de culturas e mistura tradição e modernidade.
17 DE MARÇO : COCHIN / ALLEPPEY – de carro (aprox. 60 km ).
Após café da manhã e check-out , saímos de carro para Alleppey. Lá chegando, vamos viver uma experiência especial e única. Ficaremos hospedados em um HOUSEBOAT, embarcação típica da região.
Café da manhã, almoço, jantar e pernoite no HouseBoat , incluídos no Pacote
Dança Kathakali
Qthub Minar
18 DE MARÇO: ALLEPPEY / KUMARAKOM (Aprox. 50km)
Após o café da manhã, desembarcamos e vamos para o Hotel, para check in
KUMARAKOM- é sem dúvida o paraíso fascinante mais revigorante do Estado de Kerala, chamada de “terra dos deuses”.Uma pacata aldeia localizada as margens do Lago Vembanad entre florestas de manguezais e vastos coqueirais em toda parte, arrozais, sinuosas lagoas e remansos, mangues , aves de uma centena de variedades , lugares que pacificam e revigoram a mente.
19 DE MARÇO: KUMARAKOM /COCHIN (Aprox. 75km)
Após café da manhã vamos em direção a Cochin . No trajeto visitaremos um Templo Jain (Jainismo é uma das religiões mais antigas da Índia, juntamente com o hinduísmo e o budismo) e a Ilha de Willington, que deve seu nome ao Lord Willingdon, ex-vice-rei britânico da Índia, É uma ilha artificial e local dos melhores hotéis da cidade e centros comerciais
Mais tarde tempo livre visitar o maior Shopping Center na Índia – “LULU”, com cerca de 230.000 metros quadrados e é parceiro da grande cadeia de hotéis JW Marriott.
Pernoite no hotel , dessa vez, perto do aeroporto de Cochin , para facilitar o traslado para tomar o Vôo para Katmandu
20 DE MARÇO: COCHIN / KATMANDHU
Transferência de manhã cedo para o aeroporto para pegar o vôo de Katmandu. O vôo é através de Delhi . Saída de Cochin às 07:25 Hs. escala em Delhi e chegada em Katmandu às 14:55 h.
Recepção e traslado para o Hotel . O resto do dia será livre para relaxar.
Pernoite no hotel em Katmandu
NEPAL
Período 21 de março a 25 de março
Antigo reino, hoje republica, encravado nos Himalayas, é um dos mais ricos países do mundo em termos de biodiversidade, tendo uma excepcional posição geográfica e Oito das 12 montanhas mais altas do mundo, acima de 8 mil metros encontram-se lá. O país, com uma população de mais de 22 milhões de habitantes, é uma mistura de grupos étnicos e subgrupos que falam mais de 70 línguas e dialetos, sendo o Nepali a língua oficial e a rupia nepalesa a moeda do país.
Stupa Boudanath
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21 DE MARÇO: KATHMANDU
Após o café da manhã iniciamos City Tour através da cidade de Kathmandu, começando por Durbar Square – o antigo quarteirão residencial real que possui mais de 50 importantes Templos, incluindo visita ao Palácio Kumari, residência da ” Deusa Viva” uma tradição da região em que uma jovem é escolhida por meio de um processo de seleção antigo e místico para se tornar a encarnação humana da deusa-mãe Hindu.
Seguimos depois para Swamyambhunath a “stupa” com os olhos do Buda pintado nos quatro lados, um local sagrado para os budistas há mais de 2.500 anos, um dos símbolos do Nepal.
Visitaremos também a ‘Stupa de Bouddhanath local onde se reúne, hoje, a maior parte da comunidade tibetana no vale de Kathmandu, formada por antigos imigrantes e por refugiados recentes vindos a partir da invasão chinesa ao Tibete, em 1950
Pernoite no hotel
22 DE MARÇO: KATHMANDU – BHAKTAPUR – NAGARKOT
Após o café da manhã, seguiremos para Nagarkot e no caminho visitaremos Bhaktapur, “a cidade dos devotos”, Começaremos o passeio com uma visita à Golden Gate e depois iremos visitar o palácio das 55 janelas , Portão os Leões , o Templo Nyatapola (o mais alto em seu estilo de todo o Nepal), e templo Bhairab Dattratraya .
Mais tarde continuaremos em direção a Nagarkot , um destino turístico internacional, considerado o melhor local da região para apreciar o magnífico nascer do sol com vistas espetaculares dos Himalayas , incluindo o Monte Everest. Pernoite no Hotel.
Nargakot e os Himalayas
23 DE MARÇO : NAGARKOT – KATHMANDU
Após o café da manhã retornaremos para Kathmandu para visitar a cidade de Patan, também conhecida como Lalitpur – “a cidade da beleza “ que está separada de Kathmandu apenas pelo rio Bagmati e é a segunda maior cidade do Vale.
OBS:Para aqueles que querem levar para casa um tapete tibetano, este é o lugar ideal para comprá-los. Posterior transferência para o hotel. – Pernoite no Hotel
24 MARCH : KATHMANDU – FREE DAY
Dia livre para descanso e compras. Sugerimos o Bairro de Thammel
PROGRAMA OPCIONAL – Pela manhã quem desejar poderá fazer um vôo sobre os Himalayas caso o tempo não esteja nublado.
A noite jantar de despedida em um restaurante Nepalês em Katmandu seguido por danças típicas
( Incluído no pacote) – Pernoite no Hotel
Palácio da deusa Viva – Kumari
25 DE MARÇO: Após o café da manhã no Hotel , partida para o aeroporto para tomar o vôo para Nova Delhi . Check in e estadia no Hotel ,perto do aeroporto para facilitar o embarque para o Brasil, levando as lembranças maravilhosas vividas.
26 DE MARÇO – EMBARQUE PARA O BRASIL – Embarque às 03:40h/ chegando ao Rio às 21h do dia 27 de março
FIM DOS NOSSOS SERVIÇOS
RELAÇÃO DOS HOTEIS – INDIA E NEPAL
CATEGORIA – DE LUXE
– NOVA DELHI – Le Meridien
http://lemeridien.hotelsgroup.in/le-meridien-new-delhi.html
– JAIPUR – Rajputana Palace Sheraton
http://www.itchotels.in/hotels/itcrajputana.aspx
– AGRA – Jaypee Palace
http://www.jaypeehotels.com/contact_us/index.aspx
– COCHIN – Oberoi Trident
http://www.oberoihotels.com/oberoi_amarvilas
– ALLEPPEY – Houseboat
– KUMAKARON – Vivanta By Taj Kumarakom
http://www.vivantabytaj.com/kumarakom-kerala/overview.html
– COCHIN – Courtyard by Marriot (ficaremos dessa vez nesse Hotel, perto do aeroporto pois viajamos cedinho para o Nepal
– NEPAL – KATMANDHU – Soaltee Crown Plaza
http://www.ihg.com/crowneplaza/hotels/us/en/kathmandu/ktmnp/hoteldetail
– NAGARGOT – The Fort http://www.tripadvisor.com.br/Hotel_Review-g315763-d338287-Reviews-The_Fort_Resort-Nagarkot_Bagmati_Zone_Central_Region.html
LUMBINI – Local de nascimento de Gautama Buddha
Lumbini palavra sânscrita que significa “a adorável” é um dos quatro lugares sagrados de peregrinação budista. Está localizado no Nepal, no sopé dos Himalayas , a 25 km a leste da cidade nepalesa de Kapilavastu, distrito Rupandehi, perto da fronteira indiana.
Lumbini é o tradicional local de nascimento de Siddhartha Gautama, o Buddha, fundador do budismo e curiosamente os importantes eventos relativos a sua vida ocorreram sob as árvores.Os outros três locais estão na Índia: Body Gaya (iluminação), Sarnath (primeiro discurso) e Kushinagar (morte)
Segundo a tradição budista, Maya Devi (ou Mayadevi) deu à luz o Buddha no caminho para casa de seus pais em Devadaha no mês de Maio no ano de 623 bC . Sentindo o aparecimento de dores de parto, ela agarrou os galhos de uma árvore e na sua sombra deu à luz Siddharta Gautama, que seria o futuro Buddha .
A tradição budista diz que ele andou imediatamente após seu nascimento e deu sete passos, sob cada um dos quais uma flor de lótus desabrochou e teria anunciado, “Este é meu renascimento final na terra”.
No ano de 249 aC, o grande imperador Ashoka visitou Lumbini e mandou construir quatro stupas (monumento budista) e um pilar de pedra. O Pilar de Ashoka tem uma inscrição que pode ser traduzido como: “Rei Piyadasi (Ashoka), amado de devas, no ano 20 da coroação, ele próprio fez uma visita real ao local onde Buda Sakyamuni nasceu e erigiu um pilar de pedra em honra ao nascimento de Bhagavan [“abençoado”].
Diversos mosteiros e templos foram construídos em Lumbini, até o século 9, mas o budismo ficou esquecido no local após a chegada do Islã e depois hinduísmo. Tudo o que restava era uma escultura, reverenciado por mulheres locais como um símbolo de fertilidade. O jardim de nascimento de Buda ficou perdido por cerca de mil anos.
O site foi redescoberto em 1895 , quando um arqueólogo alemão encontrou o Pilar de Ashoka, identificado por sua inscrição. Registros feitos pelo peregrino chinês Fa Xian também foram utilizados no processo de identificação neste site sagrado para os budistas de todo o mundo. Lumbini foi considerado pela UNESCO como Patrimônio Mundial em 1997.
Lumbini é um grande jardim no meio de um bosque repleto de árvores. No entorno do local sagrado, foram construídos muitos templos budistas e santuários de várias nações estão espalhados ao redor . O templo mais importante em Lumbini é a Maya Devi Temple , que foi construído para consagrar o tradicional local do nascimento do Buda.
O templo é um edifício simples que protege as ruínas antigas, onde foi identificado o local exato do nascimento do Buda .As delicadas esculturas de arenito descobertas nesse lugar estão agora expostas no Museu Nacional, em Katmandu.
No topo do templo tem uma pequena torre quadrada , como nas stupas de Kathmandu, com os olhos de Buda em cada lado e um pináculo de ouro em cima.
No lado sul do templo está a piscina sagrada , onde se diz que Maya Devi teria se banhado antes do parto, e onde o Buda, recém-nascido, era lavado por dois dragões.
O Templo de Maha Devi está rodeado pelas fundações de tijolos de antigos templos e mosteiros, que foram conservados para re-lembra a história que ali teve origem.
Longas fileiras de coloridas bandeiras de oração são amarradas entre árvores. Elas carregam orações e mantras que, segundo a crença budista, o vento leva para o céu .
O Pilar de Ashoka está localizado perto do templo Maya Devi e protegido por uma pequena cerca, decorada com bandeiras de oração e as bandeiras dos fiéis. Em torno do pátio que contém o pilar são colocadas tigelas de paus de incenso, e não há espaço para sentar na frente do pilar para a contemplação.
Peregrinos do mundo todo visitam o local e durante horas ficam sentados à sombras das árvores, em meditação, imóveis, apenas sentindo a energia desse lugar .
Lumbini, é um lugar onde a devoção fala mais alto e temos apenas de saber escutar.
O Santuário dos Annapurnas – Pokhara
A cidade de Pokhara é um dos destinos turísticos mais populares no Nepal . Conhecida pela sua atmosfera tranqüila, pela beleza da paisagem circundante e principalmente porque ai está localizado o acampamento base para os trekkings do Circuito dos Annapurnas, Himalaya.
Os Annapurnas, nome sânscrito que significa, “deusa das colheitas” é um maciço de montanhas localizado no Nepal, ao norte da cidade de Pokhara. As montanhas mais altas deste maciço são chamadas de Annapurna, seguido de um algarismo romano, numerando-as por ordem decrescente de altitude. O Annapurna I, com 8091m, é a montanha mais alta do maciço; o Annapurna II, com 7937m, é a segunda, e assim sucessivamente.
O Annapurna I foi a primeira montanha com mais de 8 mil metros a ser escalada na história do alpinismo, no ano de 1950, por uma expedição francesa, liderada por Maurice Herzog e é a décima montanha mais alta do mundo e uma das mais difíceis e perigosas, dentre as montanhas com mais de 8 mil metros.
O circuito Annapurna, leva até 25 dias de caminhada e já foi considerado um dos melhores passeios no mundo apesar da construção de estradas que ameaça a sua reputação e seu futuro como uma trilha clássica.
No entanto, ninguém contesta que o cenário é impressionante e leva você em uma caminhada através de cenários magníficos : rios, flora, fauna e acima de tudo – as montanhas.
Fiz um circuito de duas semanas e foi maravilhoso. Era quase inverno, estava muito frio e a neve super escorregadia. Tinha lugares que andar era um ato heróico, mas o silencio, a beleza, a paz e o branco da neve envolve a todos…….parece que flutuamos nas nuvens e ao mesmo tempo temos os pés bem fincados no chão, pois de outra forma a queda é certa. Difícil, mas uma experiência indescritível, que fica gravada indelevelmente na nossa memória.
Com cerca de 250 mil habitantes (2005) , Pokhara está localizada em uma antiga rota comercial importante entre a China e Índia .
No século 17 era parte do poderoso Reino do Kaski que foi um dos Rajaya Chaubise (24 reinos do Nepal), governado por um ramo da dinastia Shah.
Ainda existem ruínas medievais, dessa época, em muitas montanhas ao redor de Pokhara .
Uma Jóia do Nepal – Monastério de Kopan
MONASTERIO BUDISTA DE KOPAN – TRADIÇÃO MAHAYANA
O Monastério de Kopan , está situado ao norte da antiga cidade budista de Boudhanath , na cdade de Katmandu, capital do Nepal.
Em razão da sua localização privilegiada, no alto do monte que lhe deu o nome (Kopan) , desfruta-se de uma vista magnífica de toda a região. Pela mesma razão o monastério também pode ser visto de diversos pontos da cidade .
Uma grande e magnífica árvore “Bodhi” domina o lugar que há muito tempo atrás era a casa do astrólogo ao rei do Nepal.
O Monastério , que segue a tradição do Budismo Mahayana, estava localizado anteriormente , na região de Solu-khumbu , nas montanhas dos Himalayas
Em 1971, o Lama Zopa Rinpoche, reencarnação do Dalai Lawudo, um yogi (homem santo) da minúscula aldeia de Lawudo, cumpriu a promessa feita pelo Lawudo Lama ,de iniciar uma escola monástica para as crianças locais que seria erguida no Monte Kopan.
A escola foi chamada de Mount Everest Center. No ano de 1971, vinte e cinco monges vieram das montanhas para ensinar na escola e assim teve inicio, o trabalho que tornaria Kopan um dos mais importantes centros de aprendizado do Budismo Tibetano.
Hoje, Kopan é um mosteiro próspero , com 360 monges residentes , oriundos principalmente do Nepal e do Tibet. É um oásis espiritual para centenas de visitantes de todo o mundo que vem participar , ao longo do ano, dos diversos cursos e retiros organizados pelo Monastério.
Em 1979, Lama Yeshe (1935-1984) convidou monjas para estudar em Kopan, uma prática incomum nos mosteiros tibetanos.
Hoje existem 320 monjas, a maioria dos quais tibetanas, mas todas vivem no seu próprio mosteiro nas proximidades de Kopan . Participam plenamente , junto com os monges , dos estudos filosóficos e debates, bem como seguindo as suas próprias práticas.
Thubten Yeshe foi um lama tibetano que, enquanto exilado no Nepal, co-fundou o Mosteiro (1969) e a Fundação para a Preservação da Tradição Mahayana (1975). Ele destacou-se pela forma não-convencional de seu estilo de ensino .
A vida no Monastério é muito simples. Os próprios monges cuidam de tudo, limpeza dos alojamentos e do refeitório, preparação dos alimentos, compras, administração do mosteiro, etc.
Eles chegam a Kopan em torno dos sete anos de idade provenientes de todo o Nepal e de países dos Himalaia, como o Tibete, Índia, Butão, Sikkim e até da Mongólia, para receberem uma educação clássica monástica .
Recebem ampla formação tradicional além de promoverem debates sobre temas filosóficos, onde todos participam.
Recentemente , começou a funcionar no monastério, uma pequena faculdade de TANTRA, sob a supervisão do professor da faculdade Gyumed no sul da Índia.
A programação é muito especial e os monges aprendem como fazer os rituais, canto , dança ritual e também estudam os textos tântricos em detalhes . Faz parte dos ensinamentos, instruções de como receber e ajudar os visitantes , que vem ao mosteiro para cursos e retiro espiritual .
Os monges e monjas se reúnem duas vezes por dia para as orações dedicadas ao bem-estar e felicidade de todos os seres vivos.
Nem todos os monges que chegam a Kopan, estão interessados em seguir uma carreira monástica. Depois de terminar a série de estudos, os que desejam dedicar suas vidas ao exercício de atividades religiosas podem fazê-lo, sob a orientação de professores qualificados e mestres de meditação.
Todas as instalações, alojamento, alimentação e educação no mosteiro são totalmente gratuitas para todos os monges e monjas. Assim todos que desejarem seguir a a vida religiosa terão as condições e oportunidades.
As despesas são financiadas através do programa de cursos de meditação para os visitantes estrangeiros, bem como através de um sistema de patrocínio em que as pessoas contribuem, com doações, para as despesas com a manutenção do monastério.
Desde o início Kopan foi concebido , pelos seus fundadors Lama Yeshe e Lama Zopa Rinpoche, como um local de estudo e meditação para os sangha dos Himalaia e os seus muitos estudantes estrangeiros.
Preservando até hoje essa tradição, Kopan tornou-se um lugar único, um lugar de encontro entre Oriente e Ocidente, entre a vida religiosa e mundana. Um oásis para os milhares de visitantes estrangeiros, que buscam nesse local ensinamentos preciosos para alimento do corpo e do espírito.
Holi – Festival das Cores
Holi, também chamado de Festival das Cores, é um popular festival hindu que acontece na época da primavera na Índia, e tem uma longa tradição em todo o país. O Holi acontece também em outros países onde a religião hindu é professada, como o Nepal .
No Nepal, o Holi é considerado também um dos mais importantes festivais , uma vez que mais de 80% das pessoas no país são hinduístas. O Holi, junto com muitos outros festivais hindus, é comemorado no Nepal como uma festa nacional e todo o povo celebra esse dia independentemente da sua religião.
O dia de Holi é também um feriado nacional no Nepal. É celebrado depois na ultima lua cheia do mês lunar de Phalugna ou Falguna (Phalgun Purnima), que geralmente cai no final do mês de fevereiro ou início de março.
Em 2010, Holi (Dhulandi) aconteceu no dia 1 de março na Índia e no dia 28 de fevereiro no Nepal. Como estive em 2010 na India e Nepal , tive a alegria de festejar o Holi junto com os nepaleses e com os indianos.
Ao longo de todo o dia, as pessoas se pintam, se abraçam e desejam mutuamente “Feliz Holi”.
O principal dia do Holi, também conhecido como Dhulheti, Dhulandi ou Dhulendi, é celebrado por pessoas jogando uns nos outros um pó colorido. Esse pó, disponível em diversas cores, é diluído em água antes de ser usado, misturado ou não com água.
Uma grande brincadeira? Certamente é. Mas, como tudo na Índia até a festa das cores tem um significado especial. Segundo a tradição , as cores jogadas nas pessoas serve para tirar as más energias e torná-las mais “coloridas” , ou seja, mais , joviais. O festival celebra a vitória do bem contra o mal e o triunfo da devoção.
Os historiadores contam que o Holi antecede em muitos séculos o nascimento de Cristo e são muitas as lendas que explicam o seu surgimento. Um delas conta que Vaishnava Hiranyakashipu ,o rei dos demônios era invencível e impossível de ser morto . Ele não podia ser morto “durante o dia ou a noite; dentro ou fora de casa; nem no céu nem na terra;nem por um homem nem por um animal.
Dessa forma se tornou arrogante e atacava os céus e a terra. Ele ordenou que o povo parasse de adorar os deuses e começassem a adorá-lo. Apesar disso seu próprio filho Prahlada , era um devoto de Lord Vishnu.
A despeito de todas as artimanhas feitas por Hiranyakashipu para que Prahlada mudasse seu comportamento, ele continuou oferecendo preces para Lord Vishnu.
Finalmente Hiranyakashipu combinou com sua terrível irmã Holika, que tinha o poder de não se queimar, que ela entraria em uma fogueira com Prahlad em seus braços para matá-lo. Mas Holika se deu mal porque não sabia que o seu poder de enfrentar o fogo seria anulado quando ela entrasse na fogueira acompanhada de outra pessoa. Quando o fogo parou de crepitar, todos olharam estarrecidos o corpo carbonizado de Holika enquanto Prahlada estava ileso .
A tradição da queima Holika ou o “Holika Dahan” vem principalmente a partir desta lenda. Os preparativos para o Holi começam algumas semanas antes do festival, quando as pessoas reúnem madeira para as fogueiras que serão acesas na noite de Holi. A preparação do cardápio e da comida, também fazem parte da celebração do Holi e começa muitos dias antes do festival . Uma variedade de pratos , que fazem parte da rica culinária indiana e nepalesa, são servidos durante as celebrações.
A festa começa com o acendimento das fogueiras ao anoitecer e continua durante todo o dia seguinte, com muita música, cantos, dança e festas espalhadas por toda a cidade.
A alegria é dominante ao longo de todo o dia do Holi e a noite as famílias recebem em suas casas seus familiares e amigos para o jantar de celebração finalizando esse dia ,onde a descontração e alegria foram os personagens principais .
Holi mais um dos belos “rituais sagrados” desse povo cuja cultura permanece e se perpetua através dos séculos.
Pashupatinath – Templo do Senhor dos Animais
O mais sagrado santuário dedicado a Shiva que há no Nepal, antigo reino encravado nos Himalayas, e hoje república. O templo é tão importante para os devotos , a ponto de se referirem a Katmandu como “a terra do templo de Pashupatinath”.
Subindo pela margem ocidental do rio Bhagmati, o principal do vale de Kathmandu, a cerca de 7 km da capital, encontramos um belo conjunto de pequenos templos, estátuas e imagens de deuses hindus, como Ganesha, Karttikeya, Hanuman, Lakshmi, Vishnu e, até mesmo o Buddha, entre outros.
Nesse sítio sagrado, existem também, numerosos santuários, cada qual com um ” lingam (falo) de Shiva”( Shivalingam), e outros muitos lingans , também ao ar livre , espalhados por todo lugar , erigidos em diversas épocas, por personagens importantes do reino, além de várias estátuas deles próprios.
O lingam, para os hindus tem um significado sagrado ( não sexual), pois representa uma das fazes mais importantes da divindade Shiva, a fertilidade, a união do céu com a terra, a criação.
Os “ghats” (degraus) que levam às águas do rio onde são feitos os banhos rituais e de purificação. As plataformas de pedra, onde se fazem as cremações dos corpos e de onde, no mesmo rio em que se banham, são lançadas suas cinzas.
No local podem ser vistos sadhus, homens santos, que vêm de diversos locais do país e ficam sentados em diversos lugares do templo, a espera de donativos dos milhares de devotos que por ali transitam.
São figuras estranhas, para nós ocidentais, e se quisermos tirar fotos com eles, não tem problemas, temos apenas que oferecer uma gorjeta.
No meio desse amontoado de seres reais e fantásticos, ergue-se o Templo do Senhor dos Animais, local de peregrinação para hindus, desde todo o Nepal até o sul da Índia.
Aqui se comemora o festival anual de Shivaratri, uma noite dedicada ao Senhor Shiva, que cai geralmente na última semana de Fevereiro, numa terça-feira.
Não se sabe exatamente quem, ou quando foi construído o templo (como de resto pouco se sabe sobre a História nepalesa antes do sec. XVI).
Acredita-se que a construção tenha sido erguida no sec. IV, pelo príncipe Pusoopush Deo, o quarto príncipe da dinastia Sooryabamsi, que o dedicou a Pashupati Mahadeva. E depois teria sido reformado, também, que no sec. VIII , por Adi Shankaracharya.
Em 1349, o sultão Shamsuddin, de Bengala, invadiu o templo e lhe causou grandes estragos, principalmente a suprema ofensa de ter quebrado o Shivalingam. Mas o “lingam” de Shiva foi reposto, dez anos mais tarde, em 1359, por um Primeiro Ministro dos reis Malla.
O templo foi reconstruído em 1697, pelo rei Bhupalsingh Malla, depois de ter sido destruído por cupins e apenas aos hindus é permitido a entrada no templo .
Os visitantes não hindus tem que se conformar pois só é permitido dar uma olhada do outro lado da margem do rio Bagmati.
No interior do templo há somente o “Lingam de Shiva” (Shivalingam), com quatro faces dele próprio. É uma escultura de pedra, cilíndrica (o falo, representa o eixo do mundo), o poder do deus que une o céu e a terra – o infinitamente superior e o infinitamente inferior e que olha e pode ser olhado dos quatro pontos cardeais (as quatro faces).
Na face oeste do lingam, há uma enorme estátua dourada do touro Nandi,, montaria preferida de Shiva., com seus testículos em evidência lembrando os antigos deuses teromorfos da fertilidade.
Ganesha, o mais popular e reverenciado dos deuses hindus, aquele que traz fartura, boa sorte e abundancia o que remove os obstáculos.
Lord Shiva temenrolada no pescoço uma serpente que lhe serve de colar e dois rios descem do Himalaya por seus cabelos e passam a seu lado, à direita e à esquerda.
Os rios que alimentam a vida, a fertilidade da terra, como o Bhagmati, o Ganges e todos os outros, são como os fios de sua cabeleira. Shiva é considerado a própria montanha, o próprio Himalaya.
Visitar esse local é um grande desafio pois entramos em contato com duas faces do existir: a beleza e a sujeira . Elas se encontram a nossa frente e nos ensinam a fazer uma profunda reflexão em nossos valores e na maneira com a qual olhamos o mundo. E a escolha do “ver” é nossa.
Swayambhunath – o Templo dos Macacos
É um dos mais antigos sítios religiosos do Nepal, situado em uma colina na parte oeste da cidade de Katmandu, sendo visível em toda a cidade
Desde o século 5 já era um importante destino para os peregrinos budistas. A história do local, ela mesma, é mais antiga do que a própria chegada do budismo no Vale de Katmandu.
Conhecido também como Templo dos Macacos, porque existem muitos macacos e eles são considerados sagrados .
Como em todos os sítios budistas existe uma grande stupa toda branca que se ergue imponente no meio desse local
Em todos os lados da stupa os olhos de Budha que tudo vê, se destacam . No meio dos olhos está desenhado uma representação estilizada do numero “1”, no alfabeto nepalês, significando que o budismo é o caminho da iluminação.
Segundo a lenda, Budha plantou uma flor milagrosa de lotus que surgiu do lago e uma vez cobriu todo o Vale de Katmandu. A flor irradiava uma luz brilhante e iluminava todas as divindades de santos que habitavam aquele lugar.
Bodhisatva Manjushri construiu então um caminho através das montanhas contornando o lago para permitir que os humanos pudessem fazer uma peregrinação a esse lugar sagrado. A água foi drenada do local e a Luz da Flor de Lótus se transformou na Stupa de Swayambhunath .
No Nepal a tradição religiosa é um misto de Hinduísmo e Budismo. Os peregrinos que visitam o local são tanto hindus quanto budistas , do Nepal e do Tibet.
Muita da iconografia de Swayambhunath vem da tradição de Vajrayana, do Budismo tibetano. Entretanto, o complexo é igualmente um local importante para budistas de muitas escolas, e igualmente venerado por Hindus.
Toda manhã bem cedo os peregrinos enfeitam o local com o colorido das suas roupas e a devoção que lhes é característica. Sobem os 365 degraus que levam até a stupa e ali prestam sua homenagem.
Quando ali estive, andando por aqueles caminhos já percorridos por tantas pessoas ao longo de milênios, senti uma emoção especial.
A sensação era de familiaridade com tudo aquilo que estava tendo o privilegio de ver e de realização por ter tido coragem de ultrapassar os julgamentos, preconceitos e crenças e assim poder enxergar a beleza de todos os lugares que visitei nesse lindo país encravado nos Himalayas.
Kumari – A Deusa Viva do Nepal
Um pouco da História da Deusa Menina
No Nepal , desde tempos imemoriais , há mais de 2.600 anos, é realizada a prática da adoração da “Deusa Viva”, representado pelo culto à Kumari.
O culto impõe a veneração de uma criança, símbolo da pureza, escolhida após realização de severo ritual de iniciação e investida com o supremo poder de Deusa e adorada pelo povo como divindade.
Entretanto, segundo a tradição quando chega a puberdade , com a primeira menstruação , perde o status de deusa e o ritual da procura de outra Kumari é iniciado.
Essa menina é chamada de KUMARI DEVI . A palavra Kumari , no idioma “nepali” significa Virgem e a criança entronizada é considerada como encarnação temporária de Taleju Bhawani, que é a manifestação da face feminina da deidade DURGA, a Mãe Universal .
A seleção para a escolha da DEUSA VIVA, é um ritual tântrico elaboradissimo. Depois de passar nos testes preliminares, compostos de 32 atributos de perfeição, como ter a pele perfeita, sem nenhuma cicatriz, traços particularmente finos, personalidade angelical, cor dos olhos que devem ser pretos e os cabelos também, ter todos os dentes, som da voz, etc , seu horóscopo deve também ser analisado e apropriado e o astrólogo oficial dá a última palavra.
São crianças na faixa de 3 ou 4 anos e a escolhida reina até a vinda da primeira menstruação pois segundo a tradição, a deusa não pode ter nenhum tipo de sangramento.
Quando isso acontece a Kumari volta a ser uma simples mortal e a busca pela nova Kumari, recomeça. Embora a Kumari tenha que ser sempre uma criança budista, da casta Sakya, é adorada tanto pelos hinduístas quanto pelos budistas .
O Palácio da DEUSA VIVA é uma construção magnífica com intricados cômodos como um labirinto, com janelas em madeira trabalhada, construída para a deusa há muitos anos pelo último rei da dinastia Malla. Foi ele que instituiu o culto da Kumari por razões que ainda continuam confusas. Mas as regras do culto são implacáveis e imutáveis e perduram até os dias de hoje.
Ao longo do tempo a Kumari se transformou em uma verdadeira atração turística do país. Como os estrangeiros não tem permissão para visitar a Kumari, grupos de turistas se postam em um grande pátio aberto, logo após o pórtico de entrada do Palácio, única área permitida e esperam às vezes por horas a “aparição da DEUSA na janela , o que acontece por breves segundos quando eles tem “sorte” .
Ela não fica mais que meio segundo e é proibido tirar fotografias. Diz a lenda que quando ela aparece na janela e oferece um meio sorriso…é sinônimo de boa sorte para os visitantes. A Kumari não pode sair de seu palácio, nem mesmo para ir ao pátio interior. Ela cresce sem jamais sentir o mínimo raio de sol bater ou a menor gota de chuva escorrer sobre a pele e jamais pode colocar seus pés no chão e nos seus deslocamentos é sempre carregada no colo.
Ela é maquiada, coberta de jóias e finalmente colocada no alto de um trono de ouro para receber seus visitantes, todos a seus pés para ganhar a bênção que traz boa sorte.
Seus deveres públicos consistem em fazer aparições ocasionais em uma janela encravada no Templo e também participar da cerimônia de cerca de 6 festivais , por ano.
A cada manhã, é banhada por seus serviçais , em um ritual impressionante de cerimônias e de preces que acontecem em um ambiente infestado de incenso. A Kumari recebe muitas oferendas, presentes e até dinheiro dos visitantes. Quase tudo vira benefício para seus guardiões (todos provenientes da mesma família há gerações) porque, no dia de sua partida, a deusa deve deixar o palácio de mãos vazias.
Se por um lado o reconhecimento e adoração chegam das ruas, das casas, dos templos e do palácio real, de outro vem rejeição. Uma lenda nepalense roga que as ex-kumari trarão vida curta a seus maridos. Logo, muitas terminam relegadas à solidão.
O fim da divindade traz em geral complicações sociais e domésticas às meninas e às respectivas famílias.
Há quem diga que a tradição fere leis internacionais de direitos infantis. A religião se impõe. A queda da monarquia no Nepal em maio de 2008, após 240 anos de prevalência, e a sucessiva ascensão de um governo de coalizão maoísta não fizeram romper o culto.
Visitar a morada da Kumari é muito especial e imperdível. Parece que voltamos no tempo e somos testemunhas de um passado, que vive na história dessa menina, símbolo de devoção, uma deusa viva para seu povo.
Caminhar pelas ruas de Katmandu significa encontrar sempre com a beleza, tanto dos magnificos templos budistas e hinduistas , onde os devotos convivem em perfeita harmonia, quanto com a magia e a tradição que estão sempre presente onde quer que estejamos .
NAMASTÊ
O tesouro da Arte Thangka
Um pouco da História dessa Arte milenar
Thangka é um tipo de pintura originária do Tibete, durante o reinado do rei Songtsen Gampo, no século VIII, que convidou artistas do Nepal ao Tibete para pintar os murais do templo de Tsuglagkhang, o templo principal da capital de Lhasa.
Mais tarde, no século XI, a arte de Thangka começou a tomar influências do oeste quando o famoso monge e estudioso Rinchen Sangpo trouxe artistas da Caxemira. Todavia, as influências diminuíram quando o budismo enfraqueceu-se na Índia, resultando que o estilo Thangka prevalecesse mais no Nepal.
A partir do século XIV, Thangka obteve influências da arte chinesa, porém até então um distinto estilo já havia se solidificado no Tibete. São são pintadas em tecido de algodão com tintas a base de água coradas com pigmentos orgânicos e minerais fixados com goma.
É uma arte religiosa que budistas usam para representar deuses, deusas, mandalas e figuras históricas. Cada deidade possui medidas geométricas exatas, estudadas e escritas em antigos manuscritos.
Essas medidas são baseadas por exemplo, na astrologia, no corpo humano, nas dimensões de diversos tipos de paraísos e de infernos existentes no universo e outros cálculos secretos.
Não apenas a exatidão das linhas e do tamanho das imagens que possuam grande importância simbólica, mas também suas cores, a posição do corpo e das mãos, os instrumentos exibidos e as oferendas dadas, guardam valores simbólicos.
Tivemos oportunidade de visitar , em Katmandu, um dos Mestres nessa arte milenar “Hom Tamang” , fundador do Buddist Thangka Center (www.buddistthanka.com), uma escola que ensina essa arte milenar.
Ele aprendeu essa arte com seu pai, que por sua vez aprendeu com o avô, artistas conhecidos nessa arte .
Conversar com mestre Hom é um privilegio. Seu olhar flutua sobre o nosso e a calma e a paz nos contagia.
NAMASTÊ
Parque Nacional de Chitwan – Nepal
O Nepal traz sempre associado um imaginário de montanhas brancas e geladas. Mas a maior parte da população vive no Terai, uma estreita planície ao longo da fronteira indiana, onde a selva asiática ainda existe em todo o seu esplendor.
É lá que está localizado o belíssimo Parque Nacional de Chitwan, um parque de vida selvagem.
O Royal Chitwan National Park – tem uma área de novecentos e trinta e dois quilómetros quadrados .
A natureza se revela em toda sua abundancia e esplendor e a flora e fauna são de uma variedade ímpar .
Diversas espécies de corsas e antílopes, dezenas de símios de vários tamanhos e espécies, muitos crocodilos em meditação enterrados na lama, e autênticos palácios de terra construídos por formigas podem ser vistos no local.
Safáris são organizados pelas agencias de viagens para que o visitante possa desfrutar a beleza desse local.
Pode-se fazer safáris fotográficos sobre um elefante e ver de perto , gazelas, crocodilos, aves e, se tiver muita sorte, quem sabe um tigre.
Há passeios pelo Chitwan National Park também em canoas de fundo chato onde se vê de perto os crocodilos tomando sol nas margens.
Hoje, Chitwan é dos últimos redutos de selva asiática: um dos últimos para o urso indiano e o tigre de Bengala, o último para o rinoceronte.
O projeto de conservação, integrado no Patrimônio Mundial da Humanidade, inclui orfanatos para elefantes e centros de criação de crocodilos palustres.
Seu sucesso tem sido tão estrondoso que já foi necessário aumentar a área do Parque, criando mais espaço para que todos os animais possam viver sem “interagir” demasiado com as populações em redor.
As acomodações no Parque Nacional de Chitwan são em bangalôs rústicos, mas confortáveis e inclui as refeições.
Um safári no Parque Nacional de Chitwan está incluído no roteiro do próximo grupo que estarei levando a Ìndia e Nepal, em janeiro/fevereiro de 2011 e ficaremos hospedados em um lodge, dentro do parque Nacional .
Se podemos escolher como PARAÍSO algum lugar do planeta terra, certamente Citwan , é um dos principais candidatos.